A luta das redes de Fast Foods para conquistar a Geração Y

A luta das redes de Fast Foods para conquistar a Geração Y

Eles são distraídos, preocupados com meio ambiente e saúde. A Geração Y está forçando as marcas a inovarem para conseguir sua atenção. Em 2015 e 2016 as redes de fast food tornaram seus lanches mais gourmet, na tentativa de chamar a atenção da Geração Y. Depois, lançaram opções saudáveis, outra tendência voltada a esse público. Ainda não foi o suficiente. As principais delas lançaram novos itens e campanhas para atrair esses consumidores.

A Taco Bell, por exemplo, quer aprender as gírias dos jovens para se comunicar com eles. Gírias, abreviações e figuras de linguagem das gerações mais jovens mudam tão rapidamente que fica difícil acompanhar. Ainda assim, o Taco Bell, uma rede de 53 anos, quer falar como alguém de 20. Os executivos do Taco Bell acreditam que, se adequarem sua linguagem a das gerações mais jovens, também conseguirão pensar como elas e, assim, desenvolver pratos mais adequados a esse público.

A Chili’s, uma rede de restaurantes americanos Tex-Mex, gastou milhões para que a comida seja mais bonita e mais “compartilhável” nas redes sociais. Ela está gastando milhões com uma renovação do cardápio, para tornar os pratos mais atraentes e, assim, mais compartilháveis nas redes sociais. Uma das mudanças é a adição de uma camada de ovo nos pães do hambúrguer. Assim, o pão fica mais brilhante, que “reluz”, afirmou o presidente da Brinker’s, a dona da rede. Além disso, criou um novo jeito de organizar costelinhas, para aparecerem melhor nas fotos, e cestas de ferro bonitas para as batatas fritas.

Outro bom exemplo é a Pizza Hut que transformou radicalmente sua imagem e seu menu. A empresa buscou inspiração em alimentos étnicos e exóticos para redesenhar o seu cardápio e incluiu novas pizzas e bordas, com sabores como Honey Sriracha e Ginger Boom Boom. Não deu certo. Além de não atingir o público alvo, a companhia foi acusada de se esquecer de seus consumidores tradicionais e cativos e as vendas caíram. O CEO da Yum Brands, dona da Pizza Hut, Greg Creed, afirmou que a mudança foi mal calculada. “Infelizmente, não fomos tão eficientes quando gostaríamos com o nosso marketing ou com o balanço entre os mais jovens e os consumidores tradicionais”, afirmou.

Já a Domino’s lançou uma campanha que permite pedir uma pizza pelo Twitter. O consumidor americano poderia se cadastrar no sistema da rede de pizzas e, depois, tuitar emojis de pizza para a companhia. “É a epítome da conveniência”, disse o presidente Patrick Doyle, ao USA Today. Em apenas 5 segundos, um consumidor jovem e atarefado pode receber sua pizza. Cerca de 50% dos pedidos da rede já ocorre no meio digital.

Não são apenas os fast foods que lutam para conseguir a atenção da Geração Y, as marcas de bebidas e lojas varejistas também estão criando novas estratégias. A PepsiCo Refrigerante está em baixa entre a Geração Y, conhecida por uma preocupação com alimentos mais saudáveis. Para tentar conquistar a simpatia desse público, a PepsiCo está lançando uma nova linha de bebidas, chamada “Stubborn Soda”. Elas são feitas de ingredientes nacionais e sem xarope de milho e descritas pela empresa como “artesanais”.

Entre os sabores, estão amora americana com ervas, cerveja, açaí e limão, creme de baunilha e agave, hibisco e laranja e creme de abacaxi. Ao mesmo tempo, a companhia anunciou dois projetos novos: a Calbe’s Soda, bebida artesanal, e o Mountain Dew Dewshine, feito com açúcar natural. Também está removendo o aspartame da Pepsi Diet.

Já a Whole Foods sempre se gabou de ter os produtos mais saudáveis de todas as redes varejistas dos Estados Unidos. O problema é que esse título vem com um preço: os jovens, seu público alvo, não conseguem pagar pelos produtos mais saudáveis e mais caros. Por isso, a varejista está tentando atraí-los com um novo modelo de loja, com preços mais baixos. As novas unidades irão atender um público que está buscando produtos orgânicos e naturais, mas querem “uma experiência de compra diferente”, disse a empresa.

Fonte: Revista Exame

 

 

 

 

2017-12-28T00:52:33+00:0026 janeiro,2017|B2C, Empreendedorismo, Marketing, Negócios, News|11 Comments